segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Amanhã

Acordo agora, ao som das ondas a ecoarem nesta manhã fria e vazia de sentidos. Não reconheço a paisagem, nem me lembro como aqui cheguei.


Levanto-me, dispo-me e mergulho no mar...


Visto-me e corro para aquecer. Na memória levo um poema antigo, escrito em mais um momento de angústia e de solidão... E mudo o seu final!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Tempo

Sem tempo para fugir desta ilusão, mais uma que sonhei e que me fez duvidar e querer ficar a apreciar a sua evolução...
Fujo, corro, desapareço e volto a andar, calmamente. O tempo não passa, e continúo a iludir-me nesta passagem! Não quero vaguear novamente, apenas reflectir deste momento que passou, sem eu sentir a sua luz.
O toque de liberdade e de harmonia foi sentido, com receio e prudência deixei que me arrepiasse e esperei tocar também. Nada mais que palavras pensadas a retractar o teu espirito e a minha esperança, ficaram, como eu, a pairar ao teu ouvido. E fujo, mais uma vez!
Basta um brilho no teu olhar, e o tempo não parará mais neste momento! Mas isso não posso ter sem ti, resta lembrar-me da tua expressão de timidez de quem não queria expôr-se ao sentimento, e paro com o tempo a passar...
E move-se lentamente, à tua espera.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

...

Um dia, uma hora, um minuto por um segundo...
É o que falta para quebrar tudo o que esqueci, ou lembrar-me do que prometi.

Paro agora em mais um beco, está escuro e húmido. Subo as escadas lentamente, ouvindo os acordes da emoção, da esperança e da saudade. Aquece-me o espirito ouvi-los!
Paro novamente! E deixo de ouvir essa melodia.

O escuro mantém-se e sopra o vento, gélido. Acabaram-se os degraus! Três portas fechadas e uma chave na parede.

Rodo uma maçaneta de cada vez... Não estão trancadas, mas não as abro completamente!
O que abrirá a chave? Guardo-a comigo.

Volto para trás, desço as escadas e paro mais uma vez.
Oiço as ondas e caminho na direcção do som suave da maré. Onde me levará?

Chego a uma práia escondida entre as rochas. Paro, sento-me no areal e volto a ouvir a melodia que me aquece os sentimentos, e deito-me, adormecendo...

Amanhã volto a acordar!