domingo, 30 de maio de 2010

Asas

Nas tuas asas pensei voar, de viajar pelo teu horizonte e mostrar-te o meu, de saltos entre a terra e o céu, de brisas vertiginosas e tempestates harmoniosas sonhei encontrar, encontrar-me para te conhecer. Mas esqueci como se encontra, o que se perdeu, numa onda de mar revolto, como a maré viva de Verão, que se revolta contra o tempo, para voltar a repôr o grão de areia desaparecido num Inverno rigoroso, para levá-lo para outras costas, sem as tuas asas...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Amando-te

Neste trilho de saudade, pelo que perdi quando só queria encontrar...
O desafio de saber como te iria ver após longo tempo de ausência, para tentar reencontrar-me nos teus gestos radiantes de convicções que me detiveram de me aproximar de ti.

Nesta solidão em que me tornei, por querer fugir do que mostravas por vezes...
Mas perdendo a razão da vivência, consumindo-me a cada hora de sufoco, por não conseguir relembrar-me dos teus traços de sensatez que me hipnotizaram.

Neste desconforto de ilusão, em que sonhava que me fez esquecer...
As tuas palavras enquanto me guiavas nesta luta de emoções, de esperança, que me trouxe até aqui, a teu lado, fugindo do que me poderias transmitir. Prefirindo caminhar sozinho, sem a tua luz que me protegeu neste percurso.
O calor do teu amor!

Um dia, assim...

Já perdi o sentido da realidade, diluído no tormento, onde queria refugiar-me das ilusões trazidas pela maré dessa corrente incontornável de desespero por não mergulhar, no vazio.

Já encontrei erros soltos na razão, em silêncio, para tentar perceber as mágoas do destino, que traçam cada curva de um esboço cinzento a carvão, irreal.

Já critiquei toda a esperança, reflectida no horizonte, para esquecer pormenores ridículos de desgostos irracionais de sentimentos radiantes, longínquos.

Mesmo assim continuo nesta angústia de palavras cruzadas, à espera que um dia essas palavras me relembrem o porquê...

Palavras

Destino!
Que palavra forte, para quem busca.
Solidão!
Que termo deprimente, para quem espera.
Amor!
Que ilusão é essa, que nos ilude, mas nos guia nas encruzilhadas do destino, e nos sacia da sede da solidão.
Sim, é o amor que é deprimente, mas é a palavra forte que nos preenche!

Dor

Palavras de fogo que ardém no instinto, que devora a paixão. O silêncio instala-se no refúgio...
É o gelo que queima o desejo e solta pequenas gotas no rosto perdido, no olhar infiníto, mas presente.
Longe da noite o escúro mantém-se, é o brilho que se perde, e se encontra nos braços de um amor verdadeiro,
mas racional.

Rostos

Os rostos viciados que se encontram no reflexo de um espelho, ou simplesmente se escondem em risos apagados e na rotina diária, nos preconceitos, nas ideias pré-concebidas......assim sonham, para alcançar o poder do destino.
Apaga-se a luz do dia durante escassos momentos, para reluzir na abertura de um olhar triunfante, por esperar, por saber, por viver... Por sonhar!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Corrente

Na corrente das emoções vividas, pequenas sequelas se alojam no espírito alheio à beldade. No conflicto dos sentimentos gerados, o rosto escondido dislúmbra-se, transparecendo imagens turvas e distantes do mundo exterior, coberto de mágoa. Fixa-se um olhar profundo, na esperança de alcançar o infinito, do imaginário. Mas principalmente, da beleza esquecida na corrente...