sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sedução finita

Perdido, em realidades paralelas às minhas, mas sem esquecer o sopro de racionalidade que por vezes não sinto, a aconchegar-me os sentidos mais primários da tua sedução.

Espero e revolto-me, contra mim, por essa vontade de liberdade que seria espontânea, em ti... E perco-me, novamente!

Posso andar milhas maritimas e, afundar-me, mais uma vez. Mas é nessas profundezas que te busco, onde iluminas essa infinidade sem a luz do astro, que me encandeia sempre que a procuro.

E, ando perdido...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Espiral

Este turbilhão, em que me encontro, por querer o impossível, quando já o tive noutras viagens em que me perdi.

Continuo em espiral, que desce em meus pensamentos, pesados em passados distantes, que me esqueci.

Por momentos abdicava do presente estático que procurei, e voltava a voar na imaginação de te reencontrar sem desistir, sem duvidar da viagem que me poderias fazer embarcar, com o destino traçado por quem desbrava os caminhos do momento, desses momentos que me fazem acreditar, que posso tudo enfrentar, sem receios, sem pesadelos onde poderia acordar.

É em sonhos que te busco, pois a realidade nada trás de novo, agora, neste futuro delineado na minha mente, que mente a mim próprio, como se quisesse em ti me refugiar. Sim, seria em ti, se mais uma vez te encontrar...

A luz que vi, confundiu-me e, dela fugi!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Rascunhos

Guardo as tuas palavras, mas não as aponto, apenas oiço-as quando estou sozinho a meditar dessas falsas esperanças que sonho e não percebo.
A indeferença do teu sorriso, a inexpressão do teu olhar, todos esses traços tão parecidos com os meus...
Questiono-me ou desisto?
Por vezes apetece-me romper por momentos a lúcidez e levar-te até ao meu mundo de ilusões, para acordarmos juntos desses sentimentos que nos corroem, que nos afastam, quando eu queria que nos unissem, com tristezas e frustações esquecidas nos seus tempos, nas suas gavetas, como rascunhos perdidos noutras existências, noutros passados.
Para te ver sorrir, para compreender o teu olhar.