sábado, 8 de outubro de 2011

Em ti

Não sei a tua origem, que sonhos tivestes, e que passos destes até te encontrar. Sei que por instantes te mantiveste a flútuar perante a minha inquiteção.

Não sei se me sorristes, que intenções, e que desejos terias para mim. Sei que já voltei ao mesmo lugar, várias vezes, para te reencontrar e mais descobrir.

Todos os locais em que passei tentei ver-te como me lembro, mas são vagas as memórias e sem sentido a tua imagem, ao longe.

O que teria mudado se perante ti tivesse chegado?
Teria o destino sido diferente?
O que procuro, ou o que me afastei?

Contínuo a procurar, afastando-me da loucura em que permaneço, distante de qualquer falsa esperança que vou insistindo em encontrar.

E penso em ti!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Mudar

Hoje mudo o ideal por momentos e insito em te questionar?
Este dia que nada transformou, trouxe-me o desejo de mais uma vez voltar a ter a breve cumplicidade que me permitiu voltar a chamar o teu nome. Mas novamente vejo-te caminhar noutra direcção.
Já não sei quem se aproxima ou quem se distâncía, nestes tempos de revolta!
Tenho que me encontrar? Ou encontrarei-te à beira do abismo?
Não nesse local apenas sozinho, para afastar as núvens que pairam calmamente e escondem outros horizontes.
E tento erguer-me, como se uma presença estática pudesse lenvantar vôo e trazer de volta esses movimentos hipnóticos que me fizeram lutar e duvidar do percurso de volta ao meu mundo estático e mudo, ou não!

Suspirando

Reflectiste o meu desejo, mas parei a relembrar-me de guerras impostas por erros ignorantes que todos passam e impôem, mas que se renderiam se ao teu reflexo se entregassem; como também eu não me entreguei.

Por isso suspiro, por isso mergulho na escuridão, por isso tento lembrar-me e por isso espero.

Um dia, uma noite! Ou simplesmente uns segundos... Surge, mas sussurra-me doces palavras de encantos, de sonhos que tenho, como se um paraíso emergisse do desconhecido!

Mostra-te mais uma vez, não terei vontade de ficar longe como fiquei, quero aproximar-me calmamente e contemplar essa magia natural, que me iludiu, mas que gostava de perceber.

domingo, 2 de outubro de 2011

Tempestades

Nessa tempestade sem água, apenas com os raios que provinham ao seu redor, quis que as lágrimas fossem a precipitação esperada.

Nesse mesmo lugar senti a força da descarga desejada. Avancei com receio, até o meu olhar se cruzar com a esperança. Incrédulo fiquei, com a imagem de leveza que me transmitistes.

Pedi bem alto que o grito não fosse ouvido, mas sentido, para que uma nova tempestade chegasse para te trazer junto a mim, novamente, e me segredasses as palavras recordadas ao longo dessa passagem que percorri sem sair do mesmo lugar, esse que te senti.